quarta-feira, 3 de agosto de 2011

All change

Nós, ... mudamos
De carentes a auto-suficientes, de infantis a maduros, de ternos a ríspidos.
Somos igualmente poderosos e igualmente fracos.

E a metamorfose do ser humano, como a metamorfose do amor, gera pânico: que amor é esse que um dia me faz explodir de alegria e que no outro dia me implode?
Que ser é esse que sou, que um dia aceita as contingências de um sentimento mutante e que no outro dia o quer estático, igual como sempre foi?
Não há como parar o tempo, cristalizar o que nos enche de êxtase.
Este êxtase um dia se tranformará em algo que nos perfurará feito lâmina. Porque assim é: a terra gira em torno do sol e nós giramos em torno de nós mesmos, sem descanso.


Martha Medeiros

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