“Vejo mulheres parirem a seus filhos e a si mesmas. Cantando canções em linguagens que o mundo já não conhece porque se cantam em silêncio entre os espaços do invisível. Vejo a alma destas mulheres, de todas estas mulheres transpirando da sua pele em suor perfumado como a chuva transpira das nuvens plenas, vejo os seus corações ...Vejo estas mulheres, todas estas mulheres na mulher que sou... Que todas são uma centelha divina, que são elas as Mães, as amantes desta terra. Que são elas os ventres fecundos, os corações férteis que geram a vida. Que amam, cuidam, curam, constroem. Que suas mãos tem tanto carinho como os oceanos tem água. Estas mulheres sem as quais nada seria possível.
Queridas Mulheres, cada uma feita de mil mulheres diferentes, facetas de um imenso diamante brilhando, vivendo, respirando, brotando como flores selvagens nos desertos e vales férteis da alma. Mulheres que não ousam ser delicadas, ou não assumem a sua sensibilidade por receio de que seja uma fraqueza, quando esta sensibilidade é a sua maior força.
Eu vejo os nossos corpos que dançam e cada momento cada gesto me é de gratidão por terem cruzado o meu caminho, por serem balsamo preciosos de cura e descoberta da mulher que eu sou.
E vejo também aquelas que ousam a cada dia trilhar caminhos incertos e tortuosos porque sabem que há vida, que há sempre vida e que mesmo a morte faz parte do nascer. E esta é a verdadeira dança, a de cada instante! Mulheres que pegaram na argila das suas vidas e destruíram para reconstruir inspirando com o exemplo da sua busca, transformando lutas, dificuldades e feridas na celebração de viver cada dia.
Mulheres que gritam de dor quando choram, e que fazem ecoar o seu riso quando estão felizes, aquelas que assumem a cólera como uma força transformadora e dão o bom grito no momento certo e aquelas que sabem esperar pacientemente pelo momento de recolher os frutos sem que a sua calma se altere.
Mulheres que gritam de dor quando choram, e que fazem ecoar o seu riso quando estão felizes, aquelas que assumem a cólera como uma força transformadora e dão o bom grito no momento certo e aquelas que sabem esperar pacientemente pelo momento de recolher os frutos sem que a sua calma se altere.
Mulheres que têm a força, a resistência a tenacidade da àguia e da montanha, mas que também precisam saber descansar. Todas, das mais assustadas às mais destemidas trilham as mesmas estradas, em momentos diferentes. Todas estas mulheres, são cada uma de nos e todas estas mulheres me fazem também perceber que além de mulher sou humana, sou preciosa. Não sou mais, não sou menos. Sou única com humildade. Sei do meu valor, do que posso dar, e da minha vulnerabilidade.
Estou comprometendo-me a viver no eu melhor, a não ser indulgente com comportamentos clara ou sutilmente auto-destrutivos, a cuidar de mim para assim cuidar melhor de todos os que me envolvem.
Que os espelhos onde nos olhamos possam mostrar-nos não o rosto mas o coração. Que os espelhos onde nos refletimos não nos escravizem em ideias de corpos que não são os nossos. Valorizando qualidades que não nos são essenciais nem orgânicas. Que não honram a nossa natureza, nem a natureza como um todo."
Que os espelhos onde nos olhamos possam mostrar-nos não o rosto mas o coração. Que os espelhos onde nos refletimos não nos escravizem em ideias de corpos que não são os nossos. Valorizando qualidades que não nos são essenciais nem orgânicas. Que não honram a nossa natureza, nem a natureza como um todo."
Fonte: Fragmentos do texto Vejo Mulheres em Psicologia dialetica.
Fashion Folds
Postado por Silvia Luz
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